quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Processo de Pós-Colheita na visão de um pequeno agricultor


A agricultura familiar vem sendo abordada nos últimos anos como uma atividade relevante para o desenvolvimento do país, uma vez que gera emprego e renda para as famílias que sobrevivem de atividades produtivas deste contexto e representa uma parcela significante da produção agrícola do país.
E o Assentamento São José localizado a aproximadamente 6 km do município de Caraúbas, a qual pertence, tem se mostrado como uma alternativa pertinente para a agricultura família para os que nele moram, onde um grupo de mulheres denominadas de ‘Unidas pela paz’, tendo como coordenadora Alexsandra Farias, tiveram uma iniciativa de produzirem algumas culturas como mamão, carro chefe com dois híbridos o Papai e Havaí, assim como a goiaba e a banana, também fazem consórcio com algumas hortaliças (Alface, cheiro verde, cebolinha, abobrinha, quiabo, couve-folha, pimentão e pimenta de cheiro), forma encontrada para fortalecer a renda familiar. O incentivo de práticas agroecológicas, é uma expectativa de que os agentes da agricultura familiar continuem conquistando seu espaço no mercado interno.
Os produtos são vendidos aos sábados na feira agroecológica do município, desta forma, esse modelo de produção prioriza o trabalho dos seus membros na propriedade e melhorias no processo produtivo, o grupo teve uma capacitação e recebem uma assistência técnica da DIACONIA, auxílio de alguns membros do setor discente da Universidade Federal Rural do Semi-árido – UFERSA, garantindo desta maneira a qualidade das culturas e a capacidade de melhoria dos membros do  grupo.
Diante disto percebe-se que a agricultura familiar requer uma valorização dos conhecimentos dos agricultores relacionados ao trabalho no campo; bem como a consideração dos aspectos socioeconômicos do contexto de suas atividades, como a interação com outros agentes, o incentivo por meio de políticas públicas, e demais peculiaridades da produção nesse formato. É provável que todo este contexto seja fruto de tentativas da agricultura familiar em adaptar-se a realidade, considerando novas dinâmicas no meio rural e não só as atividades agrícolas.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Processo de Pós-Colheita na visão de um Engenheiro Agronomo


A entrevista foi realizada na fazenda Tropic, tivemos como entrevistado a engenheiro Agrônomo Manoel dos Santos. A entrevista teve como principal objetivo abordar uma visão técnica sobre os processos de pós-colheita.
A fazenda Tropic tem como principal cultura de comercialização a manga, o engenheiro Agrônomo Manoel dos Santos é o responsável por todo procedimentos realizados na produção. atividades de cultivo foram sendo resgatadas. Vale salientar que a Tropic foi uma das moires fazendas de produção e exportação do vale do Açu, mais por alguns imprevistos declarou falência, mais depois de um certo tempo as atividades de cultivo foram sendo resgatadas.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Agricultura Familiar

A agricultura familiar é uma forma de produção onde predomina a interação entre gestão e trabalho; são os agricultores familiares que dirigem o processo produtivo, dando ênfase na diversificação e utilizando o trabalho familiar, eventualmente complementado pelo trabalho assalariado.
A agricultura familiar no Brasil apresenta caráter regional desde a sua formação no Nordeste. Os pequenos agricultores tinham suas terras tomadas e cada vez mais instalavam-se ás margens, do sistema produtor, não participando do mercado, quanto em termos de ocupação, servindo-se das piores terras. 
O segmento da agricultura familiar, internamente, apresenta-se bastante diversificado nas várias estruturas agrárias. Muitos estudos continuam a ser produzidos visando aprofundar o conhecimento acerca da produção familiar na agricultura, especulando sobre o seu destino, as formas de como este segmento irá se desenvolver no sistema capitalista de produção contemporâneo, seu processo de adaptação ao sistema de mercado, seu desenvolvimento paralelo ao sistema capitalista, ou ainda, a possibilidade de seu desaparecimento por completo com a intensificação das relações de produção capitalistas


Agricultura familiar gera mais de 80% da ocupação no setor rural e responde no Brasil por sete de cada 10 empregos no campo e por cerca de 40% da produção agrícola. Atualmente a maior parte dos alimentos que abastecem a mesa dos brasileiros vem das pequenas propriedades. A agricultura familiar favorece emprego de práticas produtivas ecologicamente mais equilibradas, como a diversificação de cultivo, o menor uso de insumos industriais e a preservação do patrimônio genético. Em 2009 cerca de 60% dos alimentos que compuseram a cesta alimentar distribuída pela Conab originaram-se da Agricultura Familiar.
No Brasil, a agricultura familiar é responsável pela produção de 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 21% do trigo e, na pecuária, 60% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves e 30% dos bovinos.
Segundo dados do Censo Agropecuário de 2006, 84,4% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares. São aproximadamente 4,4 milhões de unidades produtivas, sendo que a metade delas está na Região Nordeste. Esses estabelecimentos representavam 84,4% do total, mas ocupavam apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.
De acordo com o último Censo Agropecuário, a agricultura familiar responde por 37,8% do valor bruto da produção agropecuária. De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar, aproximadamente 13,8 milhões de pessoas trabalham em estabelecimentos familiares, o que corresponde a 77% da população que se ocupa da agricultura.
A partir dos anos 90 pode-se observar um crescente interesse pela agricultura familiar no Brasil. Este interesse se materializou em políticas públicas, como o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).
Considera-se agricultor familiar àquele que desenvolve atividades econômicas no meio rural e que atende alguns requisitos básicos, tais como: não possuir propriedade rural maior que 4 módulos fiscais (O módulo fiscal varia de 5 a 100 hectares, conforme o município.); utilizar predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas de propriedade; e possuir a maior parte da renda familiar proveniente das atividades agropecuárias desenvolvidas no estabelecimento rural.



REFERÊNCIAS

ALVES, A.; LIMA, H. Agricultura Familiar. Disponível em: <http://linux.alfamaweb.com.br/sgw/downloads/141_113859_AgriculturaFamiliar.pdf>. Acesso em: 23 de ago. de 2013.


Observatorio Agroindustrial. A Importância da Agricultura Familiar no Desenvolvimento dos Municípios.  Disponível em: 

<

http://i-uma.edu.br/blog/2013/05/a-importancia-da-agricultura-familiar-no-desenvolvimento-dos-municipios/#1>. Acesso em: 23 de ago. de 2013.

FINATTO. R.A.; SALAMONI, G. Agricultura Familiar e Agroecologia: Perfil de Produção de Base Agroecológica  do Municipio de Pelotas/RN. 2008. Disponível em:<http://orgprints.org/20090/1/Finato_agricultura.pdf>. Acesso em: 23 de ago. de 2013.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pólo de Desenvolvimento Integrado Açu/Mossoró


No território Açu/Mossoró se destaca pela predominância da população rural em relação à urbana. Pode-se afirmar que, a renda das famílias rurais é oriunda, principalmente, da produção agrícola.
Um fato relevante para essa análise é que, dentre os três segmentos que se destacam na composição da renda, a produção agrícola, mesmo com todas as suas limitações têm se destacado como uma das atividades que mais contribui para renda, pois para 93,20% a principal fonte de renda das famílias rurais, porém insuficiente para lhes garantir uma boa qualidade de vida.
Considerando a diversidade de cadeias produtivas existentes no território como: a fruticultura, a pecuária, que tem como destaque a bovinocultura e a ovino e capino cultura, que são as criações tradicionais no território; a pesca e a aqüicultura, a apicultura, que se destaca pela produção de mel de abelha, a cera, o pólen, o própolis, a geleia real entre outros
A produção de frutas frescas para o mercado externo no semi-árido é, atualmente, um das atividades mais dinâmicas do estado e merece realce dentro da expansão do agronegócio brasileiro. A partir dos anos 90 do século passado, o Banco do Nordeste passou a denominar a área do oeste do Rio Grande do Norte, produtora de frutas tropicais irrigadas, de Pólo de Desenvolvimento Integrado Assu/Mossoró, com sede em Mossoró e com uma área 6,5 mil km2. Ações modernizadoras, públicas e privadas, deram origem a produtos que têm extrapolado os limites geográficos da região e se inserido no seletivo cenário mundial da produção capitalista globalizada. É o caso, por exemplo, da manga, da castanha de caju, da melancia e, principalmente, do melão, os quais têm sido exportados para diversos países. A fruta é cultivada em cerca de 12 mil hectares do eixo Assu-Mossoró-Baraúna, o qual responde por 80% do melão exportado pelo Brasil (Tribuna do Norte, 13/11/2005). Outras frutas que merecem destaque são a banana, a manga e a castanha de caju.


Sem uma política de diversificação, os agricultores familiares se movem apenas a partir das oscilações do mercado (produção de frutas para a exportação), aumentando a competição, em um número cada vez mais reduzido de agricultores, elevando a dependência destes do mercado e acirrando ainda mais o caráter desigual do desenvolvimento.
No Pólo de fruticultura Assu/Mossoró, não há uma uniformidade quanto ao tamanho das propriedades nem ao perfil dos produtores, sendo encontrada a produção irrigada de frutas, tanto entre os pequenos proprietários – muitos dos quais assentados do programa de reforma agrária – quanto em médias e grandes empresas como a Nolem, maior produtora e exportadora de melões do Brasil, e a Delmont – no Vale do Assu – uma das três multinacionais que dominam a produção mundial de bananas.
Assim, enquanto nas regiões rurais de países desenvolvidos os agricultores familiares vêm lutando por mais autonomia nos processos de desenvolvimento, por meio de estratégias localizadas de diversificação, e resistindo aos insumos externos, no espaço rural do Pólo Assu/Mossoró a reconfiguração ocorre em sentido inverso.
Visando inicialmente o mercado interno e regional, alguns projetos de assentamento foram, citando VAN DER PLOEG (1994), se mercantilizando até atingir o padrão de produção exigido pelo mercado externo. Nessa estratégia de “integração”, em que as empresas atuavam como âncoras, se destacam a MAISA, na área de influência de Mossoró, e a FRUNORTE, na área de influência de Açu. Estimulada pela política de financiamentos especiais, como o Programa de Crédito Especial para a Reforma Agrária, PROCERA, criado em 1986, e a partir de 1999 com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, PRONAF, este criado em 1996, difundiu-se na região do Pólo a produção irrigada com base na agricultura familiar.
 

O processo de desenvolvimento recente do Pólo Assu/Mossoró tem real papel da agricultura familiar uma vez que processos e reorganização do trabalho e do espaço, de acordo com os padrões da moderna ciência agrícola são introduzidos mediante a difusão de modelos técnicos promovidos pelas empresas globalizadas. 




REFERÊNCIA

NUNES, E.M.; SILVA, M.R.F.; GONDIM, M.R.F.; OLIVEIRA, I.A; FRANÇA, A.R.M. Território da Cidadania Açu/Mossoró. 2011. Disponível em: <http://sit.mda.gov.br/download/ra/ra001.pdf>. Acesso em: 14 de ago. de 2013.

NUNES, E. M.; SCHNEIDER, S.; FILIPPI, E. E. Arranjos Produtivos Locais e AgriculturaFamiliar no Pólo de Desenvolvimento Integrado Assu-Mossoró (RN). Disponível em:<http://teste.gschutz.com/EGEPE/files/t16720100353_1.pdf>. Acesso em: 14 de ago. de 2013.

SOUZA, F.C.S. Analise da Sustentabilidade da Fruticultura Irrigada no Semi-Árido Norte-Rio-Grandense. 2006. Disponível em: < http://www.sober.org.br/palestra/5/172.pdf> Acesso em: 14 de ago. de 2013

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Frutas Climatéricas & Frutas Não Climatérias

A maturação é a fase do desenvolvimento da fruta em que ocorrem diversas mudanças físicas e químicas, tais como alterações na coloração, no sabor, na textura, mudanças na permeabilidade dos tecidos, produção de substâncias voláteis, formação de ceras na epiderme, mudanças nos teores de carboidratos, de ácidos orgânicos, nas proteínas, nos compostos fenólicos, nas pectinas, entre outros.
A determinação do grau de maturação adequado, por ocasião da colheita da fruta, é de grande importância para que o produto atinja o mercado ou a indústria em perfeitas condições.

As frutas climatéricas podem ser colhidas mesmo que ainda não estejam maduros, pois a maturação é atingida após a colheita. No entanto, as frutas não devem ser colhidas muito jovens, devido a perdas nas qualidades organolépticas.
As principais frutas climatéricas são maçã, pêra, pêssego, ameixa, goiaba, figo, caqui, abacate, mamão, manga, maracujá, banana, cherimólia, damasco, melão, tomate, maracujá, melancia.

As frutas não climatéricas devem permanecer na planta até atingirem a fase de maturação, visto que não ocorrem modificações nos parâmetros físicos e químicos após a colheita.Dentre as principais frutas não climatéricas destacam-se os citros em geral, a uva, o morango, o abacaxi, a cereja, a romã, a nêspera e a carambola.



A produção de etileno, um hormônio de maturação e envelhecimento de vegetais, ocorre naturalmente durante a fase de amadurecimento dos frutos, principalmente dos climatéricos. O gás etileno também é utilizado pelo homem quando se deseja estimular o amadurecimento de frutos como a banana, o mamão, entre outros.


REFERÊNCIAS

FACHINELLO, J.C.; NACHTIGAL, J.C. Frutas climatéricas e não climatéricas -maturação. 2010. Disponível em: <http://lucitojal.blogspot.com.br/2010/05/blog-post_16.html>. Acesso em: 08 de ago. de 2013

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Procedimento de Análises Laboratoriais - Determinação da produção de etileno por determinação da concentração de etileno no espaço livre.


O etileno, também conhecido como “hormônio do amadurecimento”, é o único regulador vegetal gasoso, que apresenta atividade biológica em concentrações bastante reduzidas. É produzido em todos os estágios do ciclo de vida do fruto, em quantidades variáveis com o tecido e com o estádio de desenvolvimento e a sua movimentação pode se dar por difusão na fase gasosa dos espaços intercelulares dos tecidos.. Tais quantidades podem ser aumentadas por ferimentos.
O Etileno desempenha um papel importante e decisivo durante o armazenamento, e  estimula o amadurecimento dos frutos na câmara frigorífica. Parâmetros físico-químicos de qualidade tais como a firmeza da polpa e, especialmente, a cor verde dos frutos, são afetados pela ação do etileno, proporcionando assim, frutos com baixa firmeza e mais amarelos, reduzindo o tempo de armazenamento (STREIF, 1992)


O precursor natural do etileno é a metionina que é convertida em SAM (S-adenosilmetionina), que por sua vez é decomposta em ACC (1-amino-ciclopropano-1-carboxílico), precursor direto do etileno.

Metionina  → SAM  → ACC  → Etileno

A produção de etileno é bastante reduzida nas frutas não-climatéricos, porém sua aplicação exógena provoca um aumento na respiração, proporcional à sua concentração. Com a retirada do etileno, a respiração volta à taxa normal. Já nas frutas climatéricas, ocorre o início da produção de etileno no início do climatérico, até um pico, apartir do qual ocorre declínio na evolução do gás, sendo que o pico da produção de etileno coincide com o pico climatérico da respiração. 
O nível de etileno normalmente encontrado no ambiente é inferior a 0,005 ppm, as altas concentrações de etileno, na presença de oxigênio, além de provocarem distúrbios fisiológicos, são, também, explosivos. Como produzem etileno e outros gases tóxicos, as máquinas de combustão interna devem evitadas em locais de armazenagem de perecíveis.
A produção de etileno (C2H4) pelos frutos (expressa em nl C2H4.kg-1.h-1) pode ser determinada através de cromatografia gasosa. Neste caso, usa-se um cromatógrafo equipamento que detecta o teor de ionização, mantida isotermicamente à temperatura de 100°C. Síntese de etileno é fortemente dependente da presença de O2, o qual é necessário para ativação da metionina e, também, para posterior conversão l.min-1Vale salientar, já existem plantas transgênicas nas quais a síntese de etileno está bloqueada e cujos frutos apresentam retardo no amadurecimento.



REFERÊNCIAS

FACHINELLO, J.C; KERSTEN, E. Etileno. Fruticultura: Fundamentos e Práticas. Disponível em: <http://www.cpact.embrapa.br/publicacoes/download/livro/fruticultura_fundamentos_pratica/9.6.htm>. Acesso em: 06 de ago. de 2013.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Procedimento de Análises Laboratoriais - Teores de ácido ascórbico e carotenoides;


Os carotenóides compõem um dos grupos de pigmentos naturais mais extensamente encontrados na natureza, responsáveis pelas colorações do amarelo ao vermelho de flores, folhas, frutas, algumas raízes (cenoura), gema de ovo, lagosta e outros crustáceos, peixes e aves (Lima et al., 2004; Britton, 1992).
Além de serem corantes naturais dos alimentos, os carotenóides apresentam efeitos benéficos à saúde humana como atividade de provitamina A, aumento da resposta imune e redução do risco de doenças degenerativas como câncer, degeneração macular, catarata e doenças cardiovasculares (Sentanin & Rodriguez-Amaya, 2007).

A determinação de carotenóides totais, utiliza o método descrito por RODRIGUEZ-AMAYA (1999) que consiste na extração dos carotenos com acetona, armazenagem em éter de petróleo e posterior quantificação espectrofotométrica
O teor de carotenóides ocorre pelo aumento da síntese do fitoquímico durante o processo de amadurecimento da fruta, momento em que a carotenogênese é intensificada, segundo Lima et al. (2002).
Ao contrário das frutas tropicais, muitas das quais ricas em carotenóides, as frutas de clima temperado são normalmente ricas em antocianinas e pobres em carotenóides. Praticamente, as únicas frutas carotenogênicas de clima temperado são pêssego, nectarina e damasco.
Os carotenóides são localizados nos cromatogramas pelos tempos de retenção e espectro de absorção na região visível, considerando tanto os comprimentos de onda de absorção máxima (λmáx) quanto a estrutura espectral fina, expressa em percentagem  (% ). A percentagem ( %)  é a razão entre a altura do pico de absorção no comprimento de onda mais longo e o pico do meio, tomando o mínimo entre os dois picos como linha de base, multiplicada por 1003.


O ácido ascórbico (AA), também conhecido como vitamina C, é uma das substâncias com maior significado para a nutrição humana e é encontrado nos frutos frescos, principalmente nos cítricos (LEE; KADER, 2000)
O ácido ascórbico é conhecido como promotor de numerosos processos químicos, bioquímicos e fisiológicos, tanto em animais como em plantas. Desempenha várias funções no organismo relacionadas ao sistema imune, formação de colágeno, absorção de ferro, inibição da formação de nitrosaminas e atividade antioxidante. O seu conteúdo pode ser influenciado pelo tipo de solo, forma de cultivo, condições climáticas, procedimentos agrícolas para a colheita e armazenamento. Além disso, o ácido ascórbico, em sua forma pura, é bastante instável, sendo facilmente destruídos por oxidação, particularmente temperatura elevadas, luz, umidade, alcalinidade, catalisadores metálicos e danos físicos (O’Keefe, 2001; Silva et al., 2004).
O ácido ascórbico é sensível ao calor, oxidação, dessecação, armazenamento, alcalinidade do meio. É utilizado como aditivo alimentar para preservar a qualidade do alimento que não o contém naturalmente, pois além de torná-lo mais nutritivo atua como antioxidante (FRANCO, 2004).

Os métodos clássicos para a determinação do ácido ascórbico baseiam-se no seu forte poder redutor, tendo como método oficial o que utiliza solução de 2,6-dicloroindofenol (AOAC Official Method, 1998), além de outros métodos, como o que emprega uma solução de iodo para reduzir o ácido ascórbico (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 2008).
Na literatura, são encontrados também métodos espectrofotométricos, (QUINÁIA, 2007; BURDURLU, 2006), eletroquímicos, fluorimétricos, cromatograficos e quimioluminescentes, que são empregados para quantificação de ácido ascórbico. A quantificação pelo método espectrofométrico baseia-se na titulacao espectrofotométrica que pode ser realizada de forma direta ou indireta (titulação de retorno). A utilização destes métodos tem por objetivo aumentar a sensibilidade analítica na quatificação do ácido ascórbico e alguns deles foram automatizadas (YAZDINEJAD, 2007).




REFERÊNCIA

LIMA, A.L.S; LIMA, K.S.C.; COELHO, M.J.; SILVA, J.M.; GODOY, R.L.O.; PACHECO, S. Avaliação dos Efeitos da Radiação Gama nos Teores de Carotenóides, Ácido Ascórbico e Açúcares do Fruto Buriti do Brejo (Mauritia flexuosa L.). 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/aa/v39n3/v39n3a20.pdf>. Acesso em: 30 de jul. de 2013

ALMEIDA, C.B.; MANICA-BERTO, R.; FRANCO, J.J. PEGORARO, C.; FACHINELLO, J.C.; SILVA, J.A. Comparação do teor de carotenóides em frutos nativos de regiões tropicais e temperadas. Dísponível em: <http://www.ufpel.tche.br/cic/2009/cd/pdf/CA/CA_01237.pdf> Acesso em: 30 de jul. de 2013

ROCHA, E.M.S.; POGGERE, P.A.; LOPES, A.;THOMAZINI, M.H.; LENZ, G.F; SILVA, L.C.; MARTIN, C.A. Quantificação de Ácido Ascórbico em Frutos de Acerola (Malpighia sp) – Revisão Bibliográfica. 2011. Disponível em:<http://www.utfpr.edu.br/toledo/estrutura-universitaria/diretorias/dirppg/anais-do-endict-encontro-de-divulgacao-cientifica-e-tecnologica/anais-do-iii-endict/QUANTIFICACaO%20DE%20ACIDO%20ASCORBICO%20EM%20FRUTOS%20DE%20ACEROLA%20_Malpighia%20sp_%202013%20REVISaO%20BIBLIOGRAFICA.pdf>. Acesso em: 30 de jul. de 2013

SILVA, A.M.L.; MARTINS, B.A.; DEUS, T.N. Avaliação do Teor de Ácido Ascórbico em frutos do Cerrado durante o amadurecimento e congelamento. 2009. Disponível em: <http://seer.ucg.br/index.php/estudos/article/viewFile/484/825> Acesso em: 30 de jul. de 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Procedimento de Análises Laboratoriais - Acidez Total Titulável


A acidez total titulável é a quantidade de ácido de uma amostra que reage com uma base de concentração conhecida. O procedimento é feito com a titulação de uma alíquota de amostra com uma base de normalidade conhecida utilizando fenolftaleína como indicador do ponto de viragem. Quando a amostra é colorida, a para torná-la de uma cor bastante clara. viragem pode ser verificada através de um potenciômetro pela medida do pH ou por diluição da amostra em água

Os métodos comumente usados para medir a acidez de frutos e hortaliças podem ser generalizados para propósitos de indicar o parâmetro do sabor ácido ou azedo, a acidez total titulável é o método mais viável, enquanto que para propósitos de determinar a qualidade dos produtos processados, o pH é o método mais útil.


REFERÊNCIAS
Acidez em Alimentos. Disponível em: <http://bioquimicamm.blogspot.com.br/2008/10/acidez-em-alimentos-1.html>. Acesso em: 26 de jul. de 2013.

OLIVEIRA, R., Acidez Total Titulável (ATT). Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/85554556/ACIDEZ-TOTAL-TITULAVEL>. Acesso em: 26 de jul. de 2013.